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quarta-feira, 10 de abril de 2013

O Banco

     Um dia estava correndo pela praça quando ouvi gargalhadas.Eram muito parecidos, os senhores que ocupavam os bancos, disparavam uma tropa de risos em minha direção, cheguei e perguntei:
 - O que os senhores estão fazendo? 
   Eles continuaram rindo, descobri que eram um bando de de senhores comprometidos por sua idade que estavam tirando sarro das pessoas que passavam na rua.
   Comecei a me imaginar com 68 anos depois começando a  me sentar no banco da praça e pegando a manha daqueles velhinhos e percebi que eles só queriam ser felizes mesmo não sendo como antigamente, mas fazendo o máximo para serem iguais, com as pessoas e provavelmente queriam passar a mensagem de que se pode encontrar a felicidade até no banco da praça.
   No outro dia me sentei junto com eles e pude ver o por que de tanta graça.Pessoas passavam por ali de todos jeitos: correndo, com pressa e deixando cair alguma coisa que mais tarde seria recolhida por algum lixeiro que não tem o hábito de verificar o que poderia ser uma conta com o dinheiro junto e também a honestidade  de devolver se souber o que é, pessoas com estilos um pouco esquisitos como: cabelo raspado        
de um lado, roupa rasgada, e outras esquisitices diárias e que também, assim como os velhinhos, me prenderam naquele banco por horas todos os dias.

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